Situação: Em andamento

Apresentação: No Brasil, a exploração de jazidas submarinas de petróleo tem representado grande parcela da produção energética há algum tempo, sendo responsável por mais de 90% da produção nacional de petróleo desde 2003 (1). Esta proporção vem aumentando e, além disso, o setor apresenta crescimentos altíssimos há algumas décadas. Em onze anos, de 1998 a 2009, a produção de petróleo mais do que dobrou, passando de 1,003 mil barris por dia (Mb/d) para 2,024 Mb/d (1) (2). Conforme apresentado nos anuários da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) (1) (2) (3), estes números continuaram crescendo ainda mais após o ínicio da exploração dos campos do pré-sal em 2014, na Bacia de Santos. Desde de 2014, todos os anos o Brasil bate seu próprio recorde de produção de petróleo, tendo sido 2.877 barris por dia em 2019 (3). Os números são bastante promissores, porém estas altas taxas de crescimento devem ser acompanhadas de aprimoramentos nas áreas de segurança, gestão e integridade da produção de petróleo, para que o aumento da exploração reflita conforme previsto no desenvolvimento da economia brasileira.

Um dos maiores problemas associados à integridade da produção de petróleo é o vandalismo, que representa prejuízos enormes às operadoras e ao meio ambiente. O vandalismo de dutos se caracteriza pelo ato de perfurar dutos com a intenção de roubar o combustível transportado. O vandalismo impacta diretamente na diminuição dos lucros da produção, portanto, a identificação e prevenção do vandalismo é um assunto extremamente estratégico para as operadoras. O vandalismo pode se dar tanto nos dutos de óleo cru, como ocorre com frequência na Nigéria (4), quanto nos dutos de transporte gasolina, como é comum no Brasil. O vandalismo de dutos de gasolina geram um prejuízo ainda maior à operadora, uma vez que a gasolina tem um valor agregado maior que do petróleo cru, dado todos os processos de refino a que foi submetida. Além dos problemas econômicos, o vandalismo oferece riscos ambientais, sociais e à vida humana (4).

A comunidade acadêmica brasileira não tem se concentrado neste assunto nos últimos anos, e dado o contexto atual, o estudo em desenvolvimento visa a formulação de uma metodologia de detecção de vandalismo em dutos de transporte de gasolina com utlização de ondas acústicas.

Bolsista: Débora Ladeira

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